Uma Saída no Beco sem Saída #Clara1


Olá meus amigos, hoje quero apresentar a vocês uma história escrita por um senhor chamado Manoel Oliveira. Baseado em uma história real, ele conta sobre uma jovem que superou a automutilação encontrando o Amor de Deus, espero que edifique sua vida e a dos seus amigos. Segue o relato:

Acordei lentamente com os olhos ainda cansados, meu corpo se arrastava para fora da cama. Que noite! Fui até minha janela e quando abri a cortina... Que droga!

O Sol estava radiante lá fora e isso não era bom. Não que eu rejeite o sol, eu até gosto de dias como aquele, mas naquela manhã eu realmente não precisava de calor. Bom, lavei o rosto e peguei meu velho casaco de algodão, o meu velho companheiro.

Tomei mais um café de manhã com meus pais e meu irmão, que estava passando alguns dias conosco, a esposa dele tinha viajado. Respirei fundo e fui para mais um dia de trabalho.

Ah, quase esqueci.

Meu nome é Clara, Clara Mallmann. Tenho vinte e três anos de idade e trabalho na antiga livraria do senhor Finkler, a única livraria de literatura clássica e boa aqui de São Lourenço.

Meus dias se consomem naquele lugar desde meus doze anos de idade... é que eu sempre fui apaixonada por livros e acredito na mágica daquele lugar.

Depois de trinte minutos de caminhada, finalmente cheguei e para minha alegria o senhor Finkler anda não havia chegado. Então aproveitei e organizei alguns livros, não me dei conta do passar do tempo, até ouvir uma doce voz atrás de mim, era a senhora Finkler, a simpática esposa do meu querido chefe, atrasado como sempre.

Lá estava ela, com seu copinho de chá e neste exato momento disse a frase que eu já tinha costume de ouvir:

(Sra. Finkler)
- Clara, tira esse casaco, hoje nem está tão frio.

Realmente, eu não esperava que justo naquele dia fosse fazer tanto calor. Eu, gentilmente respondi que estava confortável daquele jeito, por dentro eu estava pensando: Derreterei em alguns momentos...

O dia demorou passar, parecia estar mais devagar que os outros, se arrastava vagarosamente, para meu desespero.

Naquele dia eu só queria voltar para o meu quarto e ser engolida pela minha cama. Senhor Finkler sempre que me olhava perguntava se estava tudo bem, não sei se comigo ou com a loja, mas a minha agitação o inquietava e de pronto respondia que sim. Desconheciam por completo as tempestades que assolavam minha residência interior.

Finalmente chegou a tão aguardada noite, fechei a livraria e pude ir para casa. Assim que fechamos a loja, andei com certa rapidez, passos largos que me deixaram até com certa falta de ar, jantei e passei um tempo ouvindo as histórias do meu irmão, feito isto, fui para meu quarto.

Ah, lá estava meu quarto, minha cama...
Tirei meu casaco e não me contive,
Lá estavam as marcas...
Lá estavam as minhas feridas...
Lá estavam os meus medos...
Lá estavam meus tormentos...
Lá estava o meu irmão... Calma, quem?... O meu irmão?
Como ele entrou aqui? O que ele estava fazendo ali parado na minha porta? Eu sequer o vi abrindo a porta. Droga! Droga!
E agora? Pensa rápido, Clara.

(Clara) – Não é o que você está pensando!

Sério? Eu não tinha algo mais criativo para dizer? Ele não fala nada, só observa, o que é bem pior. Para minha surpresa, ele levantou a camisa e lá estavam elas... as mesmas marcas, só que brancas e cicatrizadas. Meu irmão se mutilou? Como assim?
Foi então que ele finalmente falou algo.

(Irmão) – Clara, eu não voltei para casa porque minha esposa viajou, mas pela ciência do que estava acontecendo, mesmo que papai e mamãe não vejam, eu vejo. E não adianta tentar se esconder atrás de um casaco. Em dias quentes? Fala sério, Clara.

Naquele momento eu queria sair dalí, por mais que algumas horas antes meu desejo era exatamente o oposto, eu só queria fugir, sair correndo, voando, enfim, apenas desaparecer daquele lugar. Bem que um buraco poderia se abrir e me engolir... Meu segredo veio à tona e eu precisava confrontá-lo.

(Clara) – Como? Como? Por quê? Você sempre foi o mais forte. Eu não entendo.

Meu irmão me explicou o que o havia levado a se mutilar. Ele, assim como eu, acreditava que aqueles cortes iam aliviar as dores da alma, os medos... ele se sentiu um lixo humano por anos. Como assim? Sempre foi tão alegre, brincalhão..

(Irmão) – Igual a você, Clara. Igual a você eu também pensava que cada corte, cada dor física iria realmente tirar o foco da bagunça que estava minha mente, meu coração, minha alma... Eu percebi que os cortes só aumentavam e o vazio também. Eu percebi que mesmo inconsciente, eu deixava as pessoas que me amavam com seus corações tristes. Cada dia mais fechado no meu mundo, que na verdade já não representava tanto. Foi quando eu conheci um cara que me ensinou uma nova forma de enxergar a vida, ele me disse que eu poderia o chamar de Pai e ele me chamaria de filho, disse que teria para mim um fardo leve e um jugo suave.

Aos gritos, Clara se expressa:

(Clara) – Chega, Chega...

Eu não queria mais ouvir aquele papo. Eu sabia onde ele queria chegar com toda aquela conversa. Jesus? Sério mesmo? Não! Eu não queria ouvir outra vez aquele papo de que Cristo era a solução. Ele não era. Se fosse mesmo, porquê permitia que eu me sentisse assim? Meu irmão foi longe demais.

Eu o expulsei do meu quarto e dessa vez tranquei a porta. Ninguém entende, não ia ser naquele momento que alguém entenderia.

(Irmão) – Você precisa entender, Clara! Você tem que ouvir, abre a porta.

Ele falava baixinho do lado de fora, mas e se mais alguém ouvisse? As pessoas iam pensar que eu só queria chamar a atenção. Talvez as pessoas fossem pensar que eu estava ficando doida ou qualquer outra coisa, custava dizer a verdade, sempre com alegações de que estava tudo bem comigo.

(Deus) – Clara, os pensamentos que EU tenho sobre você são pensamentos de paz e não de mal. O que importa são meus pensamentos, o meu Plano é perfeito e ele se resume em cuidar de você!
(Clara) – Para com isso, Henrique! Saia daqui!

Abri a porta para esboçar toda a raiva e xingar meu irmão, mas ele não estava lá. Era só o que me faltava, o que eu menos precisava no momento era uma esquisitice nova.

Tranquei a porta novamente e fui para meu banheiro. Liguei a água e enquanto enchia a banheira, fiz aquilo de novo, aquietou o ambiente e o silêncio tomou conta. Entrei na banheira e vi a água ficar vermelha aos poucos, meus olhos cheios de lágrimas, um nó na garganta, setenta e três cortes no braço direito e oitenta e dois no braço esquerdo, nenhum no pulso, afinal eu não queria me matar, só aliviar aquela dor de existir, só aliviar... então o silêncio reinou e o vazio me engoliu... eu fui fechando os olhos e meu corpo foi ficando pesado, uma sensação de lerdeza... Eu ainda estava na minha casa? Na minha banheira? No Rio Grande do Sul?

(Deus) – Clara, acorda!

Aquela não era a voz do meu irmão, nem do meu pai. Eu dormi? Que voz era aquela? Eu realmente precisava abrir os olhos e descobrir o que era aquilo.

(Deus) – Vamos Clara, acorda. Eu prometi que iria trazê-la de volta para casa, acorda.

Então eu não estava em casa? Certamente eu não sabia dizer quem era aquele ser que estava ali comigo.

(Clara) – Quem é você?
(Deus) – Não precisa ter medo e nem se desesperar. Levante os olhos! Vou ajudar você e depois voltará e encontrará uma vida de verdade.

Eu até teria medo em outras ocasiões, mas esse não era o caso.

(Clara) – Não estou com medo!
(Deus) – Bom, então venha, quero te mostrar uma coisa.

Andamos um pouco, eu estava confusa, sem saber que lugar era aquele ou quem era aquele homem que andava comigo, era como se fosse familiar aquele rosto, voz, aroma, olhar...

(Deus) – Você gosta?
(Clara) – Ah, sim. É um belo jardim, o senhor deve ter um bom jardineiro.
(Deus) – Sim, tenho mesmo.

Ele sorriu e eu fiquei me perguntando o que havia dito de engraçado.

(Clara) – Onde estamos indo? Eu ainda estou viva?
(Deus) – Você não reconhece este lugar?
(Clara) – Bom, parece familiar, mas não lembro.
(Deus) – Tudo começou aqui, vamos. Tem uma árvore ali no meio, podemos sentar e conversar um pouco.

Andamos alguns metros e...

(Clara) – UAU!!

Possivelmente era o lugar mais lindo que eu já havia visto na vida.

(Deus) – Gostou?
(Clara) – É lindo demais, sensacional e de uma beleza indescritível.
(Deus) – É mesmo né? Meu filho ama esse lugar.
(Clara) – O senhor tem filhos?
(Deus) – Sim. Um apenas, mas logo esse jardim estará repleto de filhos e EU os amo especialmente.
(Clara) – O que estamos fazendo aqui?
(Deus) – Passando um tempo juntos. Eu preciso que você entenda que quando estamos aqui, nada mais importa.

De fato, passamos um bom tempo ali debaixo daquela árvore. Comemos, conversamos e ELE contou várias histórias.

(Clara) – E o seu filho?
(Deus) – Ah, o meu filho é muito amado. Sabe, uma vez ele me deu um susto. Estávamos sentados neste mesmo local e ele disse que sim.
(Clara) – Sim, para que?
(Deus) – Eu havia feito uma proposta para ele uns dias atrás e foi muito bem aceita. Ele realmente encheu meu coração de alegria.
(Clara) – Que proposta?
(Deus) – Ele deveria ira até uma cidade e se entregar à morte para livrar outras pessoas deste destino infernal.
(Clara) – Ah, sei. O Cristo.
(Deus) – Você o conhece?
(Clara) – Conheço sua história e tudo mais que possa estar envolvido a isso.
(Deus) – Então eu não preciso dizer quem sou, né?

Não é possível, aquele assunto de novo, estava tudo tão bom e agora isso?

(Deus) – Clara, eu quero que você entenda o quanto te amei, te amo e te amarei.
(Clara) – Não, o senhor não pode me amar, eu não tenho nada de bom para lhe oferecer.
(Deus) – Você tem um coração?
(Clara) – Cheio de medo, insegurança e mais um montão de coisas ruins que talvez eu nem entenda, mas tenho certeza que isso não lhe será útil.
(Deus) – Eu quero te ajudar a entender todos esses sentimentos.
(Clara) – Como?
(Deus) – Te dando uma identidade. Quem você é? Clara Mallmann, vinte e três anos de idade, descendência alemã, trabalha em uma clássica livraria no centro de São Lourenço, região gaúcha. O que mais? Ah, alvo da graça e da misericórdia, de um amor incondicional.
(Clara) – Huuuuuum!!
(Deus) – Eu disse algo que te incomodou?
(Clara) – Na verdade, eu não sei ao certo, o senhor sabe muito de mim e eu nem te conheço direito.
(Deus) – Clara, Eu quero que você se encontre em mim, permita-me te conduzir.

Eu não tive como resistir, naquele momento eu já estava chorando na expectativa de ter encontrado o que eu realmente buscava para minha alma. Não me restava outra opção além de confiar e me render. O que eu poderia perder? O que me restava?

(Deus) – O que você teria para dar em troca da sua alma? Eu estou no comando, não fuja das guerras. Abraça-me e encontrarás refúgio. Não precisa fugir dos medos, traga-os a mim e a gente confronta isso juntos.

Eu desabei, me lancei em seus braços, se era a minha única opção eu precisava, com urgência, me agarrar a ELE. Foi a minha atitude, eu me joguei em seus braços como um náufrago se joga em uma boia para não morrer afogado, lancei sobre ELE todos os meus questionamentos, meus anseios e medos. Quem ELE era já não me importava, eu só queria ficar ali naquele lugar, eu me sentia muito bem e não havia lugar melhor.

(Deus) – A liberdade é algo que acontece dentro de um relacionamento contínuo e profundo comigo. Clara, eu nunca abandonarei você, nunca lhe deixarei, nem por um segundo sequer.
(Clara) – Estou me sentindo totalmente perdida.
(Deus) – Então vamos ver se podemos te encontrar. Clara, viver sem ser amada é como cortar as asas de um pássaro e não permitir mais que ele voe com imponência e beleza. Eu não quero isso para você. A dor, o medo, a insegurança, a carência tem o poder de cortar suas asas e então você não consegue voar. Quando tudo o que você consegue ver é sua dor, então você pode perder a visão de quem EU sou.
(Clara) – Você é diferente. Quando estou com você me sinto viva, bem e em paz. Quando estou com o senhor, o futuro não me assusta.
(Deus) – Você me pediu ajuda, quem pede minha ajuda não fica sem resposta.

Deus é um verbo muito bem conjugado, em todos os tempos possíveis. Passamos mais um tempo ali conversando e quanto mais eu ouvia, mais eu queria e tinha interesse por aprender.

(Clara) – Eu te dou meu coração. É a única coisa que tenho. É seu, não quero ser dona de um coração que não lhe sirva de residência permanente.
(Deus) – Clara, eu não quero simplesmente um pedaço de você e da sua vida, quero a totalidade de sua vida, do seu coração, de você. Não tenho pretensões de ser apenas o primeiro de sua vida, quero ser o Centro.
(Clara) – Ajude-me, o que eu faço?
(Deus) – Reconheça o poder do meu filho. Sinta a cação...

"Há poder, sim, força e vigor;
Neste sangue de Jesus;
Há poder, sim, no bom Salvador;
Oh! Confia no Cristo da Cruz..."


(Clara) – Eu quero ser livre. Eu quero que o senhor seja o centro da minha trajetória, me direciona e guia meus passos, meu mundo já não faz sentido sem te ter por perto.
(Deus) – Clara, enquanto muitas pessoas no mundo se levantam todos os dias para me entristecer, eu quero que você saiba que seu amanhecer é celebrado aqui neste lugar.
(Clara) – É aqui que eu me sinto muito bem...

Eu realmente me sentia bem, em paz. Era como se nunca tivesse existido dor ou angústia antes, a presença daquele novo amigo tinha algo que as demais não me ofereciam, até pelo fato de já estar bem distante de todos. Pela primeira vez eu me senti constrangida por fazer o que eu fazia, por mais que ELE me amasse, não queria que eu vivesse daquela forma, seu amor me constrangeu e eu aprendi que era para me corrigir. Nunca me senti tão amada.

(Deus) – Clara, não há sofrimento na terra que o céu não possa curar. Você sabe o quanto te amo, mas nenhum relacionamento se sustenta sem reciprocidade, é preciso correspondência. Você pode permanecer aqui e aprender mais, crescer mais até vencer ou você pode voltar para casa, para seus pais, seu trabalho, seus poucos amigos que restaram e seu irmão. De qualquer forma, prometo que as portas deste lugar sempre estarão abertas, caso você decida voltar. Eu preciso te dizer que suas feridas só podem ser cicatrizadas dentro deste lugar, esse Jardim chamado Vontade do Eterno tem o ambiente favorável para cicatrizações.
(Clara) – Eu adoraria ficar aqui, mas eu não me sentia especial, necessária, só ficava em casa, trabalhava, cuidava das pessoas que amo, nunca vi alguém ter tanto interesse em minha presença como o senhor, tem certeza disso?
(Deus) – Filha, se alguma coisa importa, tudo importa. Você é importante, sendo assim, tudo que você faz é importante, eu preciso que você saiba que tenho motivos muito relevantes para te manter respirando, seus olhos só não enxergaram isso ainda. Sempre que você estende a mão e toca um coração ou uma vida, o mundo se transforma. Tudo de bom que você faz, reconhecido ou não, meus propósitos se realizam e as coisas jamais serão iguais, na terra ou no céu.  
(Clara) – Então, eu vou voltar, sei que posso fazer diferente, ainda que ela seja pequena e para muitos, imperceptível. Eu sei que o senhor nunca vai me deixar e por isso não tenho medo de voltar.
(Deus) – Quando você chegou aqui, estava com isso em sua bolsa.

Nossa! Ele estendeu a mão e me entregou algo que eu conhecia bem, uma lâmina e um casaco.

(Clara) – Acho que não vou precisar mais disso. O senhor pode me esperar? Quero dizer, eu posso correr pra cá e te encontrar sempre que eu ficar triste ou tiver medo?
(Deus) – Sempre. Eu sempre vou me permitir ser encontrado quando você me buscar de todo o seu coração.
(Clara) – Quero que o senhor seja tudo em minha vida, espero em breve poder recebê-lo em minha casa para um jantar, o senhor precisa conhecer a minha família, meus chefes, certamente vai amá-los.
(Deus) – São aqueles ali?
Desabei em lágrimas e sem reação por alguns instantes...
(Deus) – Eu sou tudo em sua vida, é suficiente.

O dia estava lindo lá fora, eu dei um pulo da cama e parei no meio do quarto um pouco atordoada. Me vesti com as melhores e mais belas roupas, agora eu sabia dizer a histórias de algumas peças que eu tinha, escolhi uma que minha mãe me deu quando me formei na Universidade. Desci naquele dia com entusiasmo para o café da manhã com minha família, meu irmão fazia uma espécie de salada de frutas com sementes.

Eu amava aquelas pessoas.

Como de costume, andei uns trinta minutos e quando virei a esquina, lá estavam o Sr. e a Sra. Finkler abrindo a livraria com seus sagrados copinhos de chá. Eu? Sorri, como nunca na minha vida, e ELE? Sorriu para mim e disse:]

(Deus) – Vá em paz, a tua fé te salvou.

Agora, compartilho com vocês as palavras da personagem real da história:

Bom, é isso. Não sei se você vai acreditar em todos os relatos de Clara ou se vai achar que isso é fruto de uma cabeça confusa, sonolenta de uma garota adormecida pela dor de um braço cheio de cortes.

Clara teima em dizer que nada foi fruto de sua imaginação. Ela garante que as mudanças em sua vida, mente e coração são provas reais de um Pai que cuida de filhos.

Eu quero que tudo seja verdade e que você tenha esse mesmo encontro que tive com uma igreja que cuidou de mim e com um Deus que me amou como ninguém.

Clara ainda se encontra em processo de mudanças diárias, mas já é uma nova pessoa, capaz de viver muito bem com quem ama. As vezes ela corre para o Jardim, seu Jardim secreto e garante que a cada visita é fortemente encorajada, fortalecida e amada.

Clara encontrou o que tanto buscava e precisava, achou sua identidade em Cristo.

Já se passaram três anos que eu entendi que aqueles cortes não saravam minha alma, eu estive cega por cinco anos, mas então eu Encontrei o Amigo Amado e tudo mudou.
Seu amor preencheu todos os vazios e me trouxe a certeza de que todos os meus melhores tesouros estão escondidos nEle. Eu entendi o quanto sou amada por um Deus que é um super pai. Na livraria que trabalhei, e isso é um fato, realmente trabalhei em uma livraria, encontrei na estante um livro que tinha por título Ele Escolheu os Cravos, do Max Lucado, foi o que me fez pensar em buscar na bíblia a compreensão do Sacrifício de Jesus no Calvário.

A minha realidade foi confrontada com a consciência quando eu descobri que eu sangrava meus braços e ao mesmo tempo o coração dEle.

Foi um evento da igreja, numa madrugada, que eu ouvi um jovem dizer:

- Não se corte, Cristo já sofreu os cortes na Cruz!

Guarde essa frase com você, esteja com ela sempre diante de seus olhos, é uma verdade que mudou minha vida e pode mudar a sua também. Um grande, apertado e demorado abraço em você, muito obrigada pela atenção.”

“Minha graça é o bastante, é tudo que você precisa. Minha força brota na sua fraqueza”.
 Coríntios, capítulo 12 e versículo 9, Bíblia A Mensagem.

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