Um Jardim Regado - #Clara3


Graça e Paz meus amigos, hoje, após muita correria, sai o último texto relacionado à Clara, espero que edifique sua vida abundantemente, compartilhe isso com seus amigos, no fim, segue o perfil dela. Abraços!!


(Clara) - Oooooi? Cheguei!

Cheguei bem animada naquela manhã, mas tudo que eu conseguia ouvir era silêncio e os sons naturais do jardim.

(Clara) - Oi? Deus?

Não havia resposta. Onde será que ELE estava? Eu fui caminhando e pensando comigo mesma como era incrível tudo aquilo. Parecia que cada vez que eu voltava no jardim ele estava um pouco mais mudado, mais bonito... Andei, andei e lá estava ELE, mas por que não havia me ouvido chamar? Corri como uma criança que corre para os braços de seus pais. Minha animação era bem visível, então além de correr eu também acenava e o chamava em um tom um pouco mais alto.

(Clara) - Oi, eu cheguei!

Ele estava imóvel ainda, parecia que sua atenção estava totalmente voltada para aquele ambiente que parecia uma cúpula. Me aproximei e ELE estava de costas, parecia um pouco mais baixo, então eu abri uma porta simples que parecia ser feita com um tipo de tela e madeira e do nada saiu um monte de passarinhos. Eu me assustei e ao mesmo tempo fui tomada por um sentimento de culpa pela fuga daqueles pássaros.

(Clara) - Eita! Desculpa.

Eu disse desconsolada.

(Jesus) - Eles são lindos quando voam né?

Eu não respondi. Ele riu muito.
Eu fiquei sem entender. Ele riu mais ainda.
Eu fiquei sem graça. Ele me abraçou.

(Jesus) - Tá tudo bem, Clara.

(Clara) - Jesus?

(Jesus) - Você me reconhece?

(Clara) - Meu coração te reconheceria até nas profundezas do oceano.

(Jesus) - Isso é bom, Clara! Isso é realmente muito bom! Anda, não fique aí parada me olhando de boca aberta. Venha e me ajude aqui.

Ele me entregou um pouco do que parecia comida para aves.

(Clara) - Desculpa pelos pássaros.

(Jesus) - Tudo bem, foi engraçado né?

(Clara) - Bom, eu não sei... Eu abri a porta e eles voaram.

(Jesus) - Eles foram feitos para voar, viver presos é uma limitação para eles.

(Clara) - Eu sei, mas você não queria que eles ficassem aqui?

(Jesus) - Não exatamente. Venha, Eu quero te mostrar alguns deles.

Tive a reação de fechar a porta do viveiro para não correr o risco de mais pássaros fugirem, mas  Jesus já estava lá abrindo a porta por completo.

(Clara) - Que fofo! Bebês pássaros!

(Jesus) - São filhotes de pardais.

(Clara) - Posso pegar?

(Jesus) - Ah, sim. Abra a mão.

Lá estava, um pequeno pardalzinho na palma da minha mão. Tão pequeno, tão indefeso.

(Jesus) - Não se deixe enganar pela fragilidade deles. Eles conseguem ser bem fortes.

Ele sabia o que eu estava pensando? Dãããã, claro que ele sabia, Clara. Ele era Jesus, o Deus encarnado e assim como Deus, Ele era onisciente.

(Clara) - Eu o peguei no chão depois dele cair do ninho. Ele devia estar ali há dias e resistiu bravamente até eu chegar.

Pensei comigo que aquele pássaro lembrava muito a mim mesma em um tempo não tão longe. Certa vez eu também caí do ninho, tive minhas asas feridas, cortadas e não pude mais voar.

(Jesus) - Clara, eu sou o Cristo. E diferente de você, minhas asas não podem ser cortadas e assim como meus pássaros, você também foi feita para voar. Você e eu, juntos.

(Clara) - Hum, eu não sei mais se consigo. Faz muito bem desde o último voo.

(Jesus) - Clarinha, você não é limitada, mas tem se limitado. A porta do viveiro está aberta, você pode voar, mas prefere fincar os pés no chão. Tome, dê esse alpiste para ele.

Aquele pardalzinho parecia estar faminto.

(Jesus) - Um grão de cada vez e logo ele estará de barriga cheia e forte o suficiente para voltar a voar.

(Jesus) - Igual aquele ditado que de grão em grão a galinha enche o papo.
Eu sorri e ele pareceu satisfeito.

(Clara) - Não é que eu tenha medo de voar, é só que me parece mais seguro ficar dentro do viveiro com você. Lá fora existem pássaros maiores do que eu e mais fortes.

(Jesus) - Não se vendem cinco passarinhos por dois cetis? E nenhum deles está esquecido diante de Deus... Porém, vocês valem mais do que muitos passarinhos. (Lucas 12.6-7)

(Clara) - Eu sei que Ele cuida de mim.

Depois de dizer isso, percebei que minha voz teve um tom de arrogância. Eu não quis ser arrogante, mas acho que Jesus não havia entendido o que eu quis dizer. Não é que eu não soubesse o meu valor diante de Deus, eu sabia... É só que eu achava mais seguro ficar ali perto dele do que sair por aí voando e me arriscando aos perigos. Se eu poderia ter alimento ali dento do viveiro, pra quê sair e procurar por comida?

(Jesus) - Clara, você só descobre o quanto é forte quando tem sua força testada. Como você vê seu antes e depois?

(Clara) - Bom, antes eu me sentia deslocada, sem um lugar no mundo, viva me sentindo cansada, sem ânimo. Eu me mutilava de várias formas, mas VOCÊ já conhece a minha história. Hoje eu me sinto livre, sei que posso voltar aqui sempre, me sinto mais feliz, não sinto tanto medo, minha ansiedade se estabilizou, me sinto mais forte...

(Jesus) - Viu? Mas para sentir tudo isso a sua força, a sua fé, a sua coragem foram todas testadas. Você descobriu a força que tem em mim. Voar significa correr riscos e ao mesmo tempo enfrentá-los e confrontá-los, mas confiando que EU estou por perto, dentro de você. Clara, eu sou a força que gera energia em você.

(Clara) - Entendo. Quer dizer então, que se eu ficar sempre aqui dentro do viveiro esperando você vir e me dar de comer, eu nunca aprenderei a caçar meu próprio alimento?

(Jesus) - Sim e também não saberá o que pode ou não ser ingerido. Como você vai saber o que é comestível ou letal se não tiver uma dor de barriga quando comer algo estragado? Você sabe que se viver dentro do meu viveiro eu sempre darei comida boa, no horário certo. Isso acaba gerando uma comodidade em você. Mas e quando eu não puder vir te alimentar?

(Clara) - Eu morreria de fome.

(Jesus) - Exato. E isso não é algo que eu queira para você. No dia que eu não puder vir te dar comida, você saberá caçar e se alimentar. Você saberá distiguir o alimento que pode ou não ser ingerido.

(Clara) - Você está falando do dia que o Espírito for retirado da terra?

(Jesus) - Talvez, mas isso é assunto para outra conversa. O que você precisa saber é que não precisa ficar esperando que eu a alimente, você pode abrir suas e voar. Enfrente os obstáculos, lute contra os pássaros maiores, conquiste seu alimento. Nesse percurso é provável que você encontre pardais igualmente feridos e fracos que caíram do ninho, ajude-os a voar também.

(Clara) - Você é incrível, sabia?
Ele sorriu de novo. Um sorriso tão doce que eu sentia toda minha alma ser iluminada e eu ficaria horas ali só contemplando aquele sorriso.

(Jesus) - Venha, está na hora. Abra a mão.

Ele colocou o pardalzinho em minha mão e foi andando para fora do viveiro. Eu o segui.

(Jesus) - Abra a mão e impulsione ele para voar.

(Clara) - Você não sentira falta dele? Quer dizer, você cuidou dele esse tempo todo e agora ele voará assim do nada.

(Jesus) - Eu sempre sinto a falta dos meus pardais, mas eles sempre voltam para me visitar, eles sempre sabem onde me encontrar. Cada vez que eles voltam, eu percebo que voltam mais fortes, com mais experiências e quase sempre voltam trazendo novos pardais com asas machucadas.

Então eu abri a mão e o pardal bateu asas e logo estava planando. Eu havia entendido o que Ele quis dizer naquele dia. Se eu ficar sempre dentro do viveiro com medo de voar, minhas asas podem se atrofiar e eu posso esquecer de como sobreviver no mundo lá fora. Era notável o orgulho e admiração que ele sentia ao ver o pardalzinho voando.

(Clara) - Bom trabalho, Jesus.

Rimos os dois.

Sabes quando saio e quando volto. Nunca estou fora da tua vista. Sabes o que eu vou dizer antes mesmo de eu iniciar a primeira fase. Olho para trás e você está lá. Depois para cima e lá estás também. Tua presença é constante em torno de mim. Isso é maravilhoso, embora eu não consiga compreender totalmente. Se subo ao céu, tu estás lá também, tu me encontras em um minuto. (Salmos 139.2-10 Versão A Mensagem)
(Jesus) - Sou eu que abro suas asas para que você voe. Não precisa temer, Eu cuidarei sempre de todos os detalhes nessa aventura. Apenas voe, outros verão você planando e sentirão o mesmo desejo. Quando eles pedirem que você os ensine a voar assim, Eu então estarei aqui no viveiro esperando para dar á eles o maior e melhor plano de voo de suas vidas.

(Clara) - Obrigada, Jesus.

(Jesus) - Disponha. E volte sempre.

Eu fui andando e pensando em tudo aquilo que vivemos naquela manhã. Já era fim de tarde e os pássaros voavam serelepe. Olhando pra eles, ninguém diz que antes deles voar daquela forma tão plana e confiante tiveram que cair de seus ninhos, que se machucaram antes de aprender a bater asas. Os primeiros passos sempre são mais complicados de serem dados, é como andar de bicicleta, primeiro você cai e rala o joelho, depois você aprende e tira as rodinhas.

‘’Quanto valem dois ou três passarinhos? Não é muita coisa! Mas Deus cuida de cada um deles. Pois saibam que Ele dá muito maus atenção a vocês, cuidando nos mínimos detalhes a ponto de contar os fios de cabelo da cabeça de cada um! Por isso, não fiquem preocupados com essas ameaças. Vocês valem mais que um milhão de passarinhos.’’

Lucas 12.6-7 Versão A Mensagem.

Abra suas asas, o horizonte te espera e Jesus tem um plano de voo incrível aguardando cada um. Graça e Paz.


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