#PapoCabeça #1

Olá Amigos que acompanham nossa programação, vocês estão bem? Hoje estamos aqui para a primeira de uma série de entrevistas com as mais diversas pessoas, nosso objetivo é refletir sobre o passado e qual sua importância na construção do Futuro. 

E hoje estamos aqui com Ele, o Messias prometido, pode entrar no estúdio Jesus...
Vamos começar a entrevista com uma breve apresentação do nosso convidado:
Convidado - Meu nome é Jesus, o nome mais conhecido da história.
Entrevistador - Muito prazer Jesus, seja muito bem vindo ao nosso Papo Cabeça. Como vai o Senhor?
Jesus - Eu vou bem, graças ao meu Pai.
Entrevistador: - Por falar em Papo Cabeça, o Senhor é conhecido como Cabeça não é?
Jesus - Eis uma longa história, não daria para explicar tudo aqui, mas é uma relação de ligação importante na reflexão de corpo e cabeça. Esta aí, ligação.
Entrevistador – Bom, nossos amigos nas redes sociais mandaram perguntas a semana inteira para fazermos nessa oportunidade e acredito que podemos começar.
Jesus – Considerando que Eu só tenho 12 seguidores, nem compartilhei.
(Risos)
Entrevistador – Um dos nossos amigos perguntou se poderia te dar um abraço.
Jesus – A cruz sempre teve, na história, um sentido de morte. Eram sempre sentenças que conduziam pessoas para tal fim. Quando Eu fui parar lá, trazia comigo muitos significados no ato, aquela cruz tem um valor imensurável para a humanidade. Tudo isso faz refletir sobre uma palavra: Ressignificação. A partir daquele dia, o instrumento que simbolizava a forma mais cruel de morte de um ser humano, passou a simbolizar a vida que Eu consegui trazer sobre todos. Considerando os novos significados, existe um que é detalhe, aparentemente óbvio, mas interessante. O formato da cruz me levou a morrer de braços abertos, então para esse seguidor eu digo apenas uma coisa: Se joga! Os braços que eu abri um dia para dar vida nunca se fecharam.
Entrevistador – Poderíamos encerrar aqui depois do que ouvi.
Em um clima bastante reflexivo a entrevista continua.
Entrevistador – Temos uma outra pergunta também interessante. Por que escrever na areia tendo um julgamento acontecendo na sua frente?
Jesus – Permita-me recontar a história.
Havia um número considerável de pessoas naquele dia, na ocasião eu os ensinava a respeito das coisas do meu Pai. Gritos e mais gritos interrompem o sermão e a cena que aparece na sequência foi de cortar o coração. Uma mulher estava sendo arrastada pelas ruas em razão de uma grave acusação, disseram que ela tinha sido flagrada em ato de adultério e que pela Lei deveria ser apedrejada até a morte.
Enquanto ela era colocada em pé no meio de todos, com muita dificuldade pelos sofrimentos já experimentados, Eu me inclinei e comecei a escrever na areia. Levantei e fiz a pergunta que vocês já conhecem: “Quem não tem pecado, que atire a primeira pedra”. Acabou que as pedras caíram no chão, logo após a pergunta, me inclinei novamente e continuei escrevendo.
Até então a curiosidade das pessoas era em saber o que foi escrito, mas só a eternidade poderá revelar isso, porém, não impede de construirmos uma reflexão sobre a importância do ato e para isso é preciso voltar no tempo.
Vocês lembram qual foi a primeira vez que o dedo do meu Pai tocou o barro da terra? Na ocasião, Seu maior projeto estava ganhando forma, carregando em si impressões digitais eternas. O Ser criado tinha uma matéria prima constituída de barro e o arquiteto do Universo não pensou duas vezes, sujou suas mãos para dar forma ao seu projeto. Uma vez criado, o homem pecou e vocês já conhecem a história toda.
É preciso lembrar que o toque remonta a sensibilidade, tudo que você toca, é exatamente isso que sente. A criação com as mãos é uma tradução de sentimentos que a eternidade nutria. A escrita do decálogo também foi com o dedo do meu Pai. Quando Eu me inclinei, trouxe uma memória simples do que o meu Pai fez na criação, já notaram a semelhança? Dedo na terra, lá está a representação do início e também dos acontecimentos posteriores.
O pecado devastou aquele sentimento e na ocasião devastava ainda uma geração inteira, eles apenas não enxergavam isso. A primeira reação naquela situação não foi anular a lei, mas lembrar que todos pecaram. Nos dois contextos haviam mulheres pecadoras, mas também homens, afinal, todos erraram, não sei se percebem, na primeira situação o homem também joga a culpa sobre a mulher... Coincidências a parte...
O Reino do meu Pai sempre foi pautado na justiça verdadeira, não a seletiva que os homens promovem, mas a que estende a todos a mesma sentença, mas também a mesma esperança.
Aquele alvoroço se aquietou na palavra que liberei, pode cumprir o que está escrito, aquele que nunca pecou. Todos foram embora e vou até citar o texto bíblico para que você veja a intensidade do conflito que eles entraram:

“Mas, ouvindo eles esta resposta e acusados pela própria consciência, foram-se retirando um por um, a começar pelos mais VELHOS até os últimos, ficando só Jesus e a mulher no meio onde estava”. João 8. 9 RA

A situação final foi interessante, não tinha como condenar sem acusação, Eu até perguntei a ela se alguém a tinha condenado, ela disse que não e Eu disse que também não o faria, mas, aquilo não era vida para ela, então resolvi das novas perspectivas, “vá e não peques mais”. Volta para o convívio social, mas você não precisa mais viver assim, abandona essa vida de pecado e viva para a Glória do meu Pai.

Essa é a parte que não consta da criação, exatamente pelo fato de que Eu sou o projeto da redenção desse homem caído, lembra que a cruz é uma ressignificação? Então... Está consumado também foi um grito de: “Humanidade, vocês podem ir, mas não pequem mais.” E foi assim.

Entrevistador – Uau, nunca tinha visto por esse lado. Fico pensando como seria a versão dela sobre esse dia.

Jesus – Mas tem, ela escreveu uma carta sobre liberdade e foi exatamente assim...

"Eu nunca havia me sentido bela ou importante para algum homem, a não ser quando papai passava a mão em minha cabeça e por aqueles breves segundos eu sentia que ele me notava.

Sei que quando nasci não provoquei um sorriso em seus lábios. Eu não tinha direito de escolha, talvez nunca despertasse um sorriso em um homem.

Quando criança, eu via papai conversando sobre as leis de Deus e por trás da cortina eu ficava me imaginando entre eles, fazendo perguntas e de peito cheio expondo minha opinião, mas que sonho bobo este que eu tinha e quando papai se sentava a mesa para comer, eu queria ser como mamãe ficar em pé esperando sua solicitação para ajudar-lhe prontamente, mas parte de mim queria mesmo era sentar-me ao seu lado para batermos um papo enquanto aproveitávamos nossa refeição. 

Fui crescendo e meu corpo estava ficando parecido com as belas mulheres que eu admirava, assim, por mais que eu tentasse não pensar nisso, eu tinha um desejo profundo de ser admirada, cortejada, desejada por alguém do sexo oposto. 

Ainda muito nova, papai me disse que eu me casaria com um homem e eu nem tinha processado direito essa informação, quando me vi em outra casa, longe dos meus pais e irmãos, com um homem completamente estranho para mim e que eu devia ser completamente fiel a ele pelo resto dos meus dias.

É difícil descrever quem eu era e ainda mais o que eu estava sentindo, não me importava mais com a vida ou o que ela “queria” de mim.

Chegou um dia mais louco da minha existência. Já faziam uns dias que um belo homem me olhava diferente e por mais que eu soubesse que ele me via apenas como um leão que procura algo para tragar, ainda assim me sentia envolvida por tudo aquilo. Sei que ele não se importava comigo de verdade, não havia respeito algum nesta aproximação dele, mas como ninguém se importava com meus sentimentos, eu também não me preocupava mais em honrar ninguém, nem meus pais, esposo, minha cultura e suas leis.

Foi então, que numa manhã bem cedo, eu estava me entregando para aquele homem, quando outros homens entraram e ficaram horrorizados com o que viram. Me puxaram pelos braços com tanta força, meu coração acelerou e eu estava em pânico, minhas mãos suavam e tremiam, eu praticamente não tinha forças para andar. Pensei em fugir, mas era impossível, não tinha forças e aqueles homens me olhavam com tanto nojo e raiva. Minha cabeça pensava mil coisas e em nada ao mesmo tempo. Ouvi aqueles homens cochichando algo, como se tramassem alguma coisa. 

Pensei que ali era o fim da vida que na verdade nunca vivi.

Então aqueles homens me levaram pelas ruas e todos olhavam para mim. Eu estava tão atordoada que nem reparei por onde estávamos indo. Quando me dei conta estava no meio de uma porção de gente e todos olhando para mim com muito mais muito desprezo.

Havia um homem sentado rabiscando a areia com seu dedo e os homens que me seguravam, pediram que ele então me julgasse e insistiam para que assim eles pudessem tirar a minha vida à pedradas. 

Eu sabia que não poderia falar nada como sempre, e mesmo se eu falasse nada do que eu falasse teria valor. Como eu queria gritar e fazer com que todos ouvissem que eu estava cheia, farta de tudo!

Então ouvi aquele homem com voz branda dizer “— Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher!”

Eu não podia acreditar no que eu estava ouvindo. Então olhei para ver quem era aquele homem, mas ele não olhou para mim. 

Parecia que o tempo havia parado. Aquilo era absurdo demais... ver todos calados e alguns soltando no chão as pedras que iriam jogar em mim e assim aqueles homens cheios de ódio, estavam agora constrangidos e indo embora. 

Eu ainda não sentia forças para correr, mas será que eu poderia?

Foi então que aquele homem se levantou e olhou para mim. Sim ele olhou em meus olhos, como quem diz “calma, está tudo bem agora”, então ele me dirigiu a palavra como quem falava a alguém importante e me perguntou

“— Mulher, onde estão eles? Não ficou ninguém para condenar você?”

Era isso mesmo, ele estava interessado em me ouvir. 
Respondi
“— Ninguém, Senhor!”

Logo aquela voz suave entrou pelos meus ouvidos e atingiu meu coração
“— Pois eu também não condeno você. Vá e não peques mais!”

Eu respirei fundo. Foi surreal aquele momento. 

Eu senti a vontade de viver invadindo minhas veias. Senti o que muitos descrevem como “benção”. 

Aquele homem me fez enxergar o amor. Por um segundo estar viva valia a pena. Eu que sempre pensei ser um problema para o mundo, um peso para o universo, me senti acolhida pela vida.

E sua palavra martelava em minha mente “vá”, “vá”, “vá e não peque mais!”

Foi como ter jogado a caixinha da rejeição num mar do esquecimento e ter recebido um abraço da vida, me dizendo que “tudo bem ser quem você é, podes desfrutar da sua vida tendo uma nova chance de fazer o bem a si mesma, mudando completamente a forma de viver por sua escolha”.

Então sai andando pela rua, sem procurar o olhar de ninguém, mas olhei para os céus e pude ver quão lindo estava aquele tom azul... meu coração estava leve...

Lembrei das palavras que ouvi papai lendo “de onde me vem o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez os céus e a terra”.

Entrevistador – Simplesmente incrível.

Jesus – Você entendeu o real conceito de Graça, que como escreveu Max Lucado, é um Deus que se inclina.

A entrevista é interrompida em razão da voz embargada do entrevistador, o que leva o programa para os comerciais... Voltamos em breve com a segunda parte...


Autoria: Manoel Oliveira
Coautoria: Marjorie

Post-Scriptum 1: Existem mais perguntas, porém, serão respondidas aos poucos em outras oportunidades. O Objetivo é simplesmente nos levar a reflexão sobre ELE.
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